Não são apenas os escritórios de advocacia que estão discutindo a promoção da igualdade de gênero: na Anadep, entidade que reúne os defensores públicos de todo o Brasil, um debate ocorrido em junho culminou na mudança do nome da instituição. Desde 8/6, a Associação Nacional dos Defensores Públicos passou a se chamar Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos.

A adequação foi feita a pedido da Comissão da Mulher da Anadep, que elaborou um parecer sobre a necessidade da mudança de gênero, levando em conta o fato de que a entidade tem como missão representar e promover a defesa dos direitos individuais e coletivos das associadas e associados. Apesar de ter mudado o nome, a sigla da entidade continua a mesma.

“As expressões masculinas não são neutras. Fazendo-se necessário, portanto, que haja mudanças no sentido de nomear as mulheres, torna-las visíveis e protagonistas. É fundamental, nesse sentido, que as práticas linguísticas nomeadamente na Defensoria Pública, órgão essencial para a promoção de políticas inclusivas e não discriminatórias, visem a promoção da igualdade de gênero”, apontou o documento.

A Anadep, segundo a própria instituição, é a entidade de classe do sistema de Justiça com a maior proporção de mulheres nos cargos de diretoria: 49%. Das 31 diretorias, dez são ocupadas por mulheres.

No início de julho, um grupo de duas advogadas e dois advogados teve negado pela Comissão de Sociedade de Advogados da seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) o pedido para que seu escritório fosse registrado como “Sociedade de Advogadas e Advogados”.

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